Arquitetura que cura

Todos os grandes projetos de arquitetura contam uma história. A história da sua origem, do seu processo, da sua construção, do seu propósito ou a história da sua existência. Há projetos que contam histórias e outros que são a própria história.

Arquitetura só existe por e para pessoas. A arquitetura na área da saúde, em especial, existe para melhorar a forma como as pessoas vivem e se relacionam entre si e com os espaços.

Dia mundial da arquitetura – 7 de outubro de 2019

Hoje, dia mundial da arquitetura, faz sentido olharmos para a sua missão. E no epicentro da sua missão estão projetos e pessoas. Está o progresso e a cura. Porque a arquitetura pode curar.

Um grande exemplo de dedicação nesta área é o percurso profissional do arquiteto americano Michael Murphy, que quando era jovem passou por uma situação marcante com o seu pai, na época diagnosticado com cancro, em que a arquitetura se tornou um ponto de partida para uma nova forma de pensar.

“When my father told me that day that this house — our house — had saved his life, what I didn’t know was that he was referring to a much deeper relationship between architecture and ourselves. Buildings are not simply expressive sculptures. They make visible our personal and our collective aspirations as a society. Great architecture can give us hope. Great architecture can heal.” – Michael Murphy

Michael Murphy é, hoje, arquiteto e cofundador do referenciador MASS Design Group. A sua forma de projetar prova que há muito além de um arranjo inteligente de tijolos, porque a vontade de fazer diferente o leva a criar considerando fatores que muitas vezes passam despercebidos, como a importância da circulação do ar e a iluminação. A sua equipa faz muito mais do que edifícios bonitos, criando uma abordagem holística e uma ligação com os seus intervenientes.

Com projetos sociais em países como o Ruanda ou Haiti, este visionário arquiteto procura projetar edifícios inovadores que melhoram a vida das pessoas de uma forma imensurável. Em determinadas ocasiões, principalmente quando o projeto é para uma região menos favorecida, o desenvolvimento do projeto é pensado como uma oportunidade de investir na dignidade do local onde serve. Com isto, solicitam a colaboração da comunidade local, gerando mão de obra, além de construir espaços que tenham um pouco da história daqueles que o ajudaram a erguer a estrutura.

Num extenso portfólio de grandes projetos em diferentes locais do mundo, destaca-se o alojamento comunitário do Ruanda, premiado em 2016: