O ano de 2025 marca uma nova etapa no design de interiores aplicado à saúde. A estética já não é o único foco. Ganha importância a criação de ambientes que favorecem o bem-estar físico e emocional de utentes e profissionais. Neste verão, destacam-se tendências que aliam inovação, funcionalidade e sensibilidade humana. O objetivo é claro: criar espaços que funcionam, que inspiram e que respeitam o ritmo de quem cuida e de quem é cuidado.
1. Arte e materiais com função terapêutica
A escolha dos materiais vai muito além da aparência. As superfícies são selecionadas pela sua capacidade de acalmar, higienizar e reduzir o stress ambiental. Texturas suaves, acabamentos mate e tons naturais, como areia, verde-claro e azul suave, influenciam diretamente a experiência do utente.
De acordo com a revista Healthcare Design Magazine, materiais com qualidades sensoriais e propriedades acústicas são fundamentais para garantir conforto físico e mental. Além disso, favorecem a concentração das equipas técnicas, contribuindo para um ambiente mais funcional.
A arte tem vindo a ganhar protagonismo no design de espaços de saúde. Quadros, murais e esculturas ajudam a tornar os ambientes mais acolhedores e humanos. Segundo Antonio Rodríguez-Argüelles, designer associado da EwingCole, citado no artigo The Art of Healing: How Interior Designers Can Impact Healthcare Environments Through Visuals, a presença de arte pode aliviar o stress, melhorar a experiência geral e reforçar a orientação no espaço, funcionando como um marco visual.
Para que esse impacto seja verdadeiramente positivo, a sua integração deve considerar a diversidade cultural e as necessidades específicas de cada contexto clínico.

Medd ® – Clínica Equilíbrio
2. Iluminação estratégica e adaptável
A luz sempre desempenhou um papel fundamental no ambiente clínico. No entanto, em 2025, torna-se ainda mais evidente a sua importância a nível biológico e emocional. A tendência atual privilegia níveis de iluminação mais elevados e com uma qualidade próxima da luz natural.
De acordo com estudos do Center for Health Design, uma iluminação adequada contribui para melhorar a performance das equipas, reduzir erros e acelerar a recuperação dos pacientes. Por esse motivo, a abordagem integrada tem ganho cada vez mais relevância. Esta combina a entrada de luz natural, considerada a forma mais eficiente e saudável, com soluções artificiais adaptadas ao funcionamento do corpo humano.
O resultado é um equilíbrio entre conforto, saúde e eficiência energética.

Medd ® – Farmácia de Tuileries
3. Sinalética responsiva
Atualmente, a sinalética é cada vez mais encarada como parte integrante do design e da experiência do utente. Nesse sentido, a versão responsiva surge como um reflexo da evolução tecnológica nesta área. Através da utilização de sensores e da ligação a dispositivos móveis, permite apresentar informação útil, personalizada e em tempo real.
Este sistema melhora a orientação, reduz o tempo de circulação e evita o ruído visual. Segundo a plataforma TelemetryTV, a visão computacional permite que os ecrãs digitais adaptem o conteúdo ao movimento das pessoas. A sinalética deixa de ser estática e transforma-se num sistema dinâmico de apoio a utentes e profissionais.

Medd ® – Farmácia Higiene
4. Tecnologia silenciosa
A tecnologia continua a evoluir, embora de forma cada vez mais discreta. Para 2025, a principal tendência é a integração de sistemas que não interferem nem visual nem sonoramente no espaço. Esta chamada tecnologia silenciosa, destacada pela Frame Magazine, valoriza a funcionalidade sem gerar ruído sensorial. Atualmente, os exemplos multiplicam-se, ainda que de forma subtil.
Entre as soluções mais relevantes encontram-se os ecrãs táteis embutidos, a ventilação camuflada e o carregamento wireless integrado em balcões e mesas. Estas inovações tornam os espaços mais eficientes e visualmente limpos. Como resultado, esta abordagem promove ambientes organizados, ergonómicos e confortáveis, tanto para quem trabalha como para quem recebe cuidados.

Medd ® – Farmácia Barros
Quer saber como estas soluções podem ser aplicadas num projeto real?
Veja também o nosso artigo sobre espaços lúdicos e funcionais em farmácias e descubra como o design pode transformar a experiência clínica.