Design Biofílico: o exterior no interior

Biofilia. Um chavão pomposo e algo rebuscado que significa “amor à vida” ou “instinto de conservação”. Utilizado pela primeira vez pelo psicanalista, sociólogo e filósofo alemão, Erich Fromm, este nome feminino está na origem do conceito por trás do Design Biofílico. Embora o termo seja relativamente recente, a sua aplicação tem ganho popularidade e adeptos ao longo de vários séculos. A verdade é que apenas de sentiu necessidade de separar a vida urbana do ambiente natural circundante nos primórdios do século XVIII, período que marca o início da primeira revolução Industrial. Até então, o espaço construído era influenciado pelas interações com a natureza e pelas propriedades espaciais das paisagens que o envolviam.

Chegando-se ao consenso científico de que mais de 90% dos seres humanos associam a natureza a um bem-estar físico e psicológico generalizado, nas últimas décadas, muitos arquitetos e designers começaram novamente a procurar formas de incluir elementos naturais em novos projetos, quebrando uma barreira que vinha a ser estabelecida, há mais de 250 anos.

O Design Biofílico, hoje

Depois da sociedade moderna ter reconhecido uma crescente desconexão com o mundo natural, houve necessidade de explorar a utilização de elementos naturais no desenvolvimento urbano e na definição de espaços interiores. Hoje, o Design Biofílico serve o propósito de criar uma experiência multissensorial a quem procura um refúgio, dentro de quatro paredes. Trata-se, portanto, de um conceito que implica a conceção de ambientes internos que priorizam elementos naturais, tanto de formas óbvias como de maneiras subtis.
Assim, no Design Biofílico, a experiência de natureza indireta pode ser estimulada através da inclusão de plantas, fluxos de água, imagens, aromas, sons ou formas naturais, em espaços interiores. Isto pode acontecer por variadíssimos meios, podendo até ser desenvolvidos padrões ou elementos estruturais, capazes de transportar os ocupantes de determinado espaço para um ambiente completamente diferente, como é percetível no exemplo abaixo, do Qatar Museum Gift Shop:

De forma resumida, no design de interiores, o Design Biofílico pode ser aplicado de 3 formas distintas:

O Design Biofílico em ambientes comerciais

O design de interiores não é o mesmo desde que a biofilia entrou em cena. Atualmente, os ambientes construídos são pensados para satisfazer as necessidades de quem deles usufruí, contribuindo ativamente para o seu bem-estar. Em ambientes dedicados à prestação de serviços e cuidados de saúde, o Design Biofílico traduz-se numa forma de reduzir os níveis de stress e ansiedade dos utentes e dos profissionais de saúde. A conexão com a natureza – ainda que de forma indireta – estimula todos os sentidos do ser humano, atendendo a uma necessidade inata por paz e relaxamento. A verdade é que qualquer espaço interior brilha e ganha vida quando são introduzidos elementos naturais, como a madeira ou a água. Para além disso, está cientificamente atestado que o Design Biofílico estimula a capacidade cognitiva e a criatividade, efeitos imprescindíveis à prestação de serviços no setor da saúde.

MEDD: Conceitos que ganham vida!

Na MEDD, reconhecemos e articulamos os desejos dos nossos clientes com conceitos de design que visam sempre o bem-estar de utentes e profissionais de saúde. Criamos espaços que refletem princípios e valores, incorporando elementos de design que contribuem coletivamente para melhorar os níveis de satisfação e produtividade de todos aqueles que deles usufruem. Conte connosco!