A indústria farmacêutica tem servido como fonte de inspiração para muitos artistas, ao longo dos anos. Desde pintores a escultores, muitos têm usado elementos da farmácia para expressar o seu lado mais criativo e sensibilizar o público para crises de saúde que marcaram períodos da nossa história. Conheça, neste artigo, seis obras de arte inspiradas pelos avanços na indústria farmacêutica.

1. “Pharmaceuticals” de Robert Porazinski

Formado na School of the Art Institute of Chicago, no ano de 1988, Robert Porazinski começou por ser ilustrador e designer gráfico para inúmeras marcas e clientes prestigiados, experimentando variadíssimos estilos e técnicas de pintura.
Anos depois, Porazinski decidiu começar explorar o tema da “Transformação e Mutabilidade” através da pintura. A série de pinturas “Pharmaceuticals” foi inspirada no efeito dos psicadélicos na mente humana, com formas de cápsulas de comprimidos brilhantes e distorcidas. Uma sequência de pinturas quase abstratas que exibem um fascinante sentido de “volume, dimensão e transparência”.

industria-farmaceutica-arte-robert-2023

Crédito de imagens: rporazinski.com

2 – “Life & Death – Disaster in Purple” de Taylor Smith

Segundo a Saatchi Art – maior galeria online de arte do mundo – a série “Luxurious Disaster” de Taylor Smith utiliza material de artistas icónicos como Andy Warhol e Damien Hirst para explorar a relação entre a cultura pop e “as marcas de luxo, a obsolescência e o consumismo”. A artista descreveu esta coleção como um conjunto de “mitos americanos reciclados” que denotam a “nostálgia do século XX”.
De facto, a obra “Life & Death Disaster in Purple & Green” é uma pintura original desta série, criada em 2019. Nesta pintura, Taylor Smith utiliza imagens alusivas à indústria farmacêutica para “transmitir os altos e baixos da vida moderna americana”. Trata-se de uma imagem produzida recorrendo a tinta de óleo, esmalte e serigrafia que mistura a pintura com elementos químicos para, segundo a autora, “criar uma experiência inesperada e transformadora”.

industria-farmaceutica-arte-farmácia-Taylor Smith-Life & Death Disaster in Purple-2023

 Créditos da Imagem: saatchiart.com

3. “Pharmaceuticals” (2005) de Damien Hirst

Damien Hirst é um artista britânico que se tornou famoso pelas suas esculturas não convencionais, instalações e obras de arte ousadas. As suas peças controversas foram inspiradas por produtos farmacêuticos e levaram o público a explorar uma nova forma de pensar o medicamento.
Ao apresentar estas obras de uma forma visualmente apelativa, ele esperava gerar uma discussão em torno da ideia de que existe beleza mesmo no mais mórbido dos objetos. Ele questiona porque é que os medicamentos estão tão fortemente associados à mortalidade, mas simultaneamente vistos como uma ilusão de segurança devido à sua disponibilidade.
Com a série escultórica “Pharmaceuticals” (2005), Hirst queria mostrar como os medicamentos podem desempenhar um papel activo tanto na preservação das nossas vidas, ao mesmo tempo que nos relembra que acabarão por terminar um dia. Com temas provocadores, os trabalhos de Damien Hirst exploram estas questões com uma visão assombrosa da mortalidade humana.

industria-farmaceutica-arte-farmacia-Damien-Hirst-Pharmaceuticals-2005-medd-post

Crédito de imagens: archive.curbed.com

4 – As Caixas de Medicamentos de Ben Frost

No universo da Pop Art, Ben Frost é um nome incontornável. A sua abordagem irreverente abriu-lhe as portas do Museu de Arte Contemporânea de Sydney, quando tinha apenas 27 anos. Desde então, a sua arte tem sido reconhecida e admirada a nível internacional, com lugar para alguma contorvérsia.
O ousado estilo deste artista australiano satiriza a cultura de consumo contemporânea e levanta questões relevantes para a vida moderna, tais como o ambientalismo e a forma como este afecta o ser humano. Naturalmente, tudo isto acrescenta uma camada extra de interesse e complexidade a cada uma das suas obras de arte, tornando as suas peças ainda mais envolventes.
A série “Caixas de Medicamentos Pintadas” de Frost consiste em pinturas individuais feitas em embalagens de medicamentos e outras parafernálias. Ele cria cenas baseadas nos usos tradicionais destes medicamentos, bem como na sua própria percepção dos seus potenciais efeitos. As suas obras de arte exploram temas tais como a dependência, a saúde mental, a inovação na industria farmacêutica e o abuso de drogas.
O seu estilo é facilmente reconhecível pelo uso de tintas acrílicas vívidas e imagens de figuras Pop Art femininas. Frost também utiliza imagens de desenhos animados conhecidos, como a caixa de Prozac com a imagem de Pikachu. Confira:

industria-farmaceutica-arte-farmacia-ben-frost-medd-article-2023
5 – Jean Mirre: RUE DE LA PHARMACIE

O pintor Jean Mirre é um artista contemporâneo francês, nascido no ano de 1949. Particularmente popular na internet, Mirre conta com fãs em todo o mundo, com colecionadores dos Estados Unidos, Japão, Brasil, Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Polónia, Espanha, Itália e até Roménia.
A famosa pintura “Rue de la Pharmacie” de Jean Mirre é uma obra de arte icónica que vale a pena conhecer. Trata-se de uma pintura única, em termos de tema e composição. Nela, podemos ver figuras a caminhar em direção a uma farmácia e uma série de detalhes simbólicos que sugerem uma mensagem mais profunda.
Por exemplo, a farmácia representa um lugar de esperança e cura, assim como um regresso à humanidade e à inocência. As figuras centrais significam fé, enquanto que o bar representa um escape à rotina. Típico do estilo de Jean Mirre, esta pintura é uma expressão pacifica de otimismo e esperança.

Crédito de imagens: saatchiart.com

6 – Ecstasy-pill de Chemical X

O artista anónimo e ativista político Chemical X é bem conhecido pelas obras de arte controversas, tendo colaborado com Damien Hirst e Banksy. Contudo, apesar da sua popularidade, a identidade de Chemical X continua a ser desconhecida.
O último trabalho de Chemical X levantou algumas questões e deixou muita gente boquiaberta. Trata-se de uma peça provocadora, composta por 7.000 comprimidos de ecstasy, posicionados em torno de uma modelo super-realista, feita a partir de silicone e fibra de vidro.
Apesar da identidade desta modelo não ter sido ainda revelada, são várias as pessoas que suspeitam que seja Cara Delevingne, supermodelo e atriz britânica. A obra de arte foi avaliada em 1,3 milhões de dólares. Confira:

industria-farmaceutica-chemicalx-art-medd-post-2023

Crédito de Imagem: trillmag.com

Medd: We Design Health 

A nossa equipa de arquitetos, designers e engenheiros projeta ambientes e soluções elegantes, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de pacientes, famílias e profissionais de saúde. Conte connosco!