Uma farmácia sustentável é uma farmácia que oferece aos seus utentes um sentido de envolvimento numa causa global. Uma postura que lhe permite destacar-se dos seus concorrentes, gerando confiança e identificação. Afinal, a reputação da sua farmácia não depende apenas da qualidade dos seus produtos, serviços ou campanhas promocionais. Saiba tudo, neste artigo!

1- Siga as diretrizes da PGEU

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Com uma geração de utentes altamente informados e conscientes do impacto das suas ações no ambiente, nenhuma marca, independentemente da sua dimensão, pode ignorar estes temas. Aliás, grandes nomes da indústria farmacêutica começam agora adotar uma “postura verde”, tomando consciência do seu impacto na sociedade e no meio ambiente.

Em 2019, o Pharmaceutical Group of the European Union (PGEU) apresentou um documento com uma série de recomendações “amigas do ambiente” direcionadas às mais de 160.000 farmácias que fazem parte do grupo. Entre elas, estão ações como:

  • Promover uma produção de medicamentos mais ecológica, priorizando fabricantes que cumpram as diretrizes ambientais;
  • Encorajar a distribuição de medicamentos na quantidade certa para evitar desperdício;
  • Financiar investigação sobre o potencial impacto negativo dos produtos farmacêuticos no meio ambiente;

Neste documento, é apresentada a contribuição de Portugal e das farmácias portuguesas para a salvaguarda da saúde ambiental e a segurança das gerações futuras: a Campanha da Ordem dos Farmacêuticos “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis”, merecedora do prémio FIP 2016 Health Promotion Campaign Award. Uma campanha de sensibilização que visava “alertar a população, promover as boas práticas e debater a temática do uso responsável do medicamento”.

Assim, uma forma eficaz e comprovada de se estabelecer como uma farmácia sustentável é construir a sua própria comunidade e informar os seus utentes tanto da importância do desenvolvimento sustentável, como do consumo consciente.

2 – Triagem e reutilização de resíduos

Todos os anos, cerca de 300 milhões de toneladas de plástico são depositadas em aterros, imitindo substâncias tóxicas para a atmosfera. Ora, uma forma óbvia para as farmácias se envolverem em questões ambientais é promover ações de triagem e reutilização de embalagem e produtos farmacêuticos. Assim, para além da instalação de caixas destinadas à recolha de embalagens ou medicamentos fora de prazo, algumas farmácias europeias começam agora a vender produtos cosméticos e dermatológicos a granel. Exemplo disso mesmo é a iniciativa “Desperdício Zero”, promovida pelo grupo Pierre Fabre.

Desde 2022, o grupo tem vindo a testar a eficácia de doseadores a granel na comercialização dos seus produtos. Ao invés de dispor das clássicas embalagens de produtos nas prateleiras das farmácias, a empresa coloca à disposição dos seus distribuidores recipientes de loção recarregáveis e uma espécie de “armário de madeira que se parece muito a uma máquina de café”.

Depois da primeira compra, os utentes devem reabastecer o recipiente, contribuindo para a redução do consumo e produção de plástico na indústria cosmética e dermocosmética. De acordo com o testemunho de Marie Chenal, consumer experience manager da Pierre-Fabre, “esta experiência tem agradado muito aos consumidores. Uma vez convencidos, voltam com a sua garrafa à farmácia para a encher o recipiente de novo. Afinal, o melhor desperdício é aquele que não é produzido”.

Iniciativas como esta são formas eficazes de envolver os seus utentes na causa, enquanto promove os seus produtos e serviços e trabalha a sua consciência de marca, afirmando-se como uma verdadeira “farmácia sustentável”.

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3 – Aposte na desmaterialização

O mundo dos negócios e a esfera pública está a sofrer violentas mudanças, procurando adaptar-se às novas diretivas, através da desmaterialização de processos de gestão.
Entre os exemplos de ações de incentivo à desmaterialização de processos, especificamente nas farmácias, está a conhecida “Receita sem papel”. Uma iniciativa promovida pelo SPNS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde), em vigor desde 2015, que visou a substituição “gradual da receita em papel”, circunscrevendo o processamento de dados a um circuito eletrónico seguro e centralizado.
A verdade é que cada vez mais software houses oferecem soluções que possibilitam a desmaterialização total de dados contabilísticos e informação relacionada com o utente para reduzir a necessidade de impressão de documentos em papel. A adoção deste tipo de soluções nas farmácias não só permite agilizar processos de gestão, como também se traduz num importante incentivo à redução de desperdícios.

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4 – Reabilitação sustentável  

Naturalmente, uma farmácia sustentável é também uma farmácia proativa. Como vimos, o seu envolvimento em questões ambientais é, sem dúvida, um fator importante para o crescimento da sua consciência de marca e reputação. No entanto, também por via da transformação digital e da eficiência energética, a farmácia pode integrar princípios ecológicos nas suas atividades diárias.
Adaptar a infraestrutura da farmácia, de forma a obter uma significativa poupança de recursos e energia, é exemplo disso mesmo. Pequenos ajustes como investir em isolamento térmico de qualidade (como vidros duplos ou um novo sistema de ventilação) ou instalar painéis solares para gerar eletricidade a partir de uma fonte renovável são ações que permitem reduzir a pegada de carbono da sua farmácia.

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